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Gestão de Pessoas

Trabalhar Menos, Confiar Mais: Como a Flexibilidade Radical Molda a Kevi

Gabriel Felipe Chiminelli
Co-Founder da Kevi

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A Kevi ainda é um time pequeno. Mas é curioso ver como, mesmo pequena, a empresa funciona com um grau de produtividade e autonomia que muita empresa grande sonha em ter.

O segredo? Uma jornada de flexibilidade radical.

Tudo começou com uma inquietação

Desde 2010 eu trabalho remoto. Já passei por empresas grandes, pequenas, startups e corporações. Em cada uma, fui observando o que realmente fazia as pessoas performarem, e principalmente, o que fazia elas quererem continuar ali.

Quando começamos a Kevi em 2018, juntei tudo o que vi funcionar ao longo desses anos.

A ideia era simples: e se a gente criasse um ambiente onde as pessoas pudessem trabalhar com o máximo de liberdade, e ainda assim entregar com excelência?

Nosso formato de trabalho

Hoje, a Kevi funciona assim:

  • Trabalho 100% remoto
  • Flexibilidade total de horários (sem carga horária definida)
  • Escala 4×3
  • Férias ilimitadas e pagas
  • 13º salário
  • 4 sessões de terapia por mês via Zenklub

A gente literalmente incentiva o time a mandar mensagens como:

“Galera, hoje eu não dormi bem. Vou fazer só o mínimo necessário e compenso amanhã.”

E tá tudo bem.

Porque aqui, confiança não é uma palavra bonita. É prática.

O que aprendemos com a semana de 4 dias

Implementar a semana de 4 dias foi uma das decisões mais transformadoras da Kevi. Eu já lia sobre 4x3 faziam alguns anos, mas a gente implementou quando o time pediu. Acho que em 2022.

Nos formulários trimestrais de bem-estar, notamos que o time estava mais exausto do que gostaríamos. E a Malba, pediu, como piada em todas as respostas do formulário para a gente colocar semana de 4x3 na Kevi.

A gente tinha conversado sobre a possibilidade em uma 1 a 1 dela anteriormente, e ai ela reforçou o pedido no formulário, lemos os estudos e decidimos fazer um teste de 90 dias. Nunca mais voltamos atrás.

Não foi fácil, tivemos alguns problemas no caminho:

  1. Alinhamento e comunicação da equipe

    Com menos dias de trabalho, há risco de que mensagens sejam perdidas, decisões atrasem ou colaboradores fiquem desalinhados sobre o que está acontecendo. Mas criamos protocolos claros de passagem de informação e uma escala alternada de folgas. Ninguém nunca folga terças ou quintas, então todas as reuniões importantes acontecem nesses dias.

  2. Cobertura operacional

    Nosso horário de atendimento com os clientes é de segunda a sexta, então para a escala 4x3 funcionar, fomos obrigados a criar redundância em todas as posições, sempre tendo alguém disponível para cobrir todo mundo nos dias de folga.

  3. Maturidade de processos e redundâncias

    Para que quatro dias funcionem, é preciso que os processos, quem faz o quê e como, estejam bem definidos — caso contrário, a folga de alguém gera lacuna.

Mas os resultados foram surpreendentes:

  • A produtividade aumentou. Pessoas descansadas produzem melhor.
  • O comprometimento cresceu. A confiança que damos, o time devolve em entrega.
  • A previsibilidade melhorou. Quase não temos faltas sem aviso.
  • A organização amadureceu. Criamos processos, redundâncias e escalas que deixaram tudo mais fluido.

Para mim, como gestor, uma das maiores vantagens foi perceber que, diferente do que era antes, a empresa segue bem mesmo se alguém sair de uma hora para a outra, não há retenção de conhecimento. As redundâncias e processos claros que a jornada 4×3 nos obrigou a implementar, trouxeram uma paz gigantesca nesse sentido.

Falando de cultura, teve gente do nosso time que recusou propostas pagando mais que o dobro, escolheram continuar aqui. Benefícios financeiros importam, mas benefícios de flexibilidade pesam mais do que muita gente imagina. Quanto custaria perder o seu melhor talento hoje? E quanto você pagaria para manter ele? Talvez você só precise criar mais motivos para ele escolher ficar… Isso é liberdade.

É claro que tivemos alguns incidentes, onde uma ou outra pessoa abusou dessa flexibilidade e confundiu “um lugar flexível e livre” com “um lugar descompromissado”. Mas a solução que enxergamos não é restringir a flexibilidade do time — é identificar rapidamente quem está descompromissado e remover a pessoa do time o quanto antes.

Na verdade, eu acho isso até melhor: esse formato de liberdade extrema torna muito mais fácil reconhecer quem encaixa — e quem simplesmente “não se importa com nada”.

Maçã estragada contamina a fruteira inteira e quando se fala de cultura e comportamento, isso nunca foi tão verdadeiro. Mau comportamento se espalha muito rápido.

O segredo é gestão, não vigilância

Uma equipe livre para trabalhar de forma flexível só funciona bem quando há gestão que acompanha o que realmente importa: o que está sendo entregue, como está o engajamento e qual a qualidade do trabalho. Não adianta monitorar cada hora no relógio se o foco não for no resultado, tem vários estudos que mostram que o modelo baseado em horas apresenta grandes falhas e que empresas que passam a focar em resultados obtêm equipes mais engajadas e produtivas.

Por isso, a nossa gestão na Kevi deixou de ser uma rotina de controle de presença e passou a ser uma rotina de acompanhamento de entregas, conversas de alinhamento, feedbacks constantes e definição clara de expectativas. Quando alguém não entrega, o que nos interessa não é “quanto tempo ficou online”, mas “por que não entregou”: se o objetivo estava claro, se o suporte foi adequado, se houve engajamento. Essa mudança de foco cria responsabilidade — não pela vigilância — mas pelo comprometimento.

Reconhecimento Molda Comportamento

Na Kevi, o nosso programa de pontos interno, Kevi Awards, serve para reforçar os comportamentos que valorizamos usando pontos como moedas de cultura.

Por exemplo, cada vez que alguém usa IA de forma criativa e compartilha com o time, ou elogia um colega que fez um ótimo trabalho, ou assume uma iniciativa que normalmente “não está no job-description” mas ajuda o time como um todo, ganha pontos. Esses pontos depois viram recompensas concretas, como:

  • um “vale relax”, para massagem, yoga ou meditação guiada (até um determinado valor);
  • upgrade no setup de trabalho (um novo monitor, cadeira ergonômica ou outro chefe de setup, com reembolso até um teto);
  • um bônus em Pix para usar como quiser;
  • ou ainda escolher uma instituição de caridade para receber uma doação em seu nome.

Com essas recompensas, o que começamos a ver é: as pessoas passam a buscar ativamente comportamentos que valorizamos — inovação, colaboração, autonomia — porque sabem que não é só “bom fazer aquilo”, mas “aquele tipo de atitude aqui é visível, reconhecida e premiada”.

Também temos um canal de reconhecimento público onde qualquer pessoa pode destacar um colega que fez algo fora da curva. Quando o time vê que boas atitudes são reconhecidas, isso fortalece a cultura e acelera o engajamento. Pesquisas mostram que o reconhecimento aumenta o engajamento e reduz turnover.

Nossas reuniões 1 a 1 fecham o ciclo: não falamos de horas, falamos de entregas, bem-estar e comportamentos. É ali que alinhamos expectativas, vemos o que está fluindo e o que precisa de ajuste — reforçando que gestão é sobre resultados e pessoas, não sobre cronômetro.

Trabalhar bem é trabalhar leve

Na Kevi, a gente acredita que o trabalho deve caber na vida — e não o contrário.

Sempre tivemos um foco grande em cultura, criamos manuais claros — um de boas práticas, outro de comunicação assíncrona — além de formulários trimestrais de feedback, reuniões de 1 a 1 e outras rotinas estruturadas para garantir que nossos valores fossem mais que palavras.

No mês passado, demos mais um passo importante para fortalecer ainda mais esse compromisso: promovemos a Malba Correa, a primeira pessoa da equipe que não era sócia, para o cargo de guardiã da Cultura Keviana.

E agora temos alguém em tempo integral dedicado a construir um ambiente cada vez melhor para quem trabalha na Kevi.

E a nossa meta é mostrar para o mundo que é possível trabalhar feliz, em um ambiente formado por boas pessoas, autonomia, cuidado mútuo. Tudo isso entregando resultados de excelência na plataforma de retenção mais completa do Brasil.

A Kevi ainda é um time pequeno. Mas é curioso ver como, mesmo pequena, a empresa funciona com um grau de produtividade e autonomia que muita empresa grande sonha em ter.

O segredo? Uma jornada de flexibilidade radical.

Tudo começou com uma inquietação

Desde 2010 eu trabalho remoto. Já passei por empresas grandes, pequenas, startups e corporações. Em cada uma, fui observando o que realmente fazia as pessoas performarem, e principalmente, o que fazia elas quererem continuar ali.

Quando começamos a Kevi em 2018, juntei tudo o que vi funcionar ao longo desses anos.

A ideia era simples: e se a gente criasse um ambiente onde as pessoas pudessem trabalhar com o máximo de liberdade, e ainda assim entregar com excelência?

Nosso formato de trabalho

Hoje, a Kevi funciona assim:

  • Trabalho 100% remoto
  • Flexibilidade total de horários (sem carga horária definida)
  • Escala 4×3
  • Férias ilimitadas e pagas
  • 13º salário
  • 4 sessões de terapia por mês via Zenklub

A gente literalmente incentiva o time a mandar mensagens como:

“Galera, hoje eu não dormi bem. Vou fazer só o mínimo necessário e compenso amanhã.”

E tá tudo bem.

Porque aqui, confiança não é uma palavra bonita. É prática.

O que aprendemos com a semana de 4 dias

Implementar a semana de 4 dias foi uma das decisões mais transformadoras da Kevi. Eu já lia sobre 4x3 faziam alguns anos, mas a gente implementou quando o time pediu. Acho que em 2022.

Nos formulários trimestrais de bem-estar, notamos que o time estava mais exausto do que gostaríamos. E a Malba, pediu, como piada em todas as respostas do formulário para a gente colocar semana de 4x3 na Kevi.

A gente tinha conversado sobre a possibilidade em uma 1 a 1 dela anteriormente, e ai ela reforçou o pedido no formulário, lemos os estudos e decidimos fazer um teste de 90 dias. Nunca mais voltamos atrás.

Não foi fácil, tivemos alguns problemas no caminho:

  1. Alinhamento e comunicação da equipe

    Com menos dias de trabalho, há risco de que mensagens sejam perdidas, decisões atrasem ou colaboradores fiquem desalinhados sobre o que está acontecendo. Mas criamos protocolos claros de passagem de informação e uma escala alternada de folgas. Ninguém nunca folga terças ou quintas, então todas as reuniões importantes acontecem nesses dias.

  2. Cobertura operacional

    Nosso horário de atendimento com os clientes é de segunda a sexta, então para a escala 4x3 funcionar, fomos obrigados a criar redundância em todas as posições, sempre tendo alguém disponível para cobrir todo mundo nos dias de folga.

  3. Maturidade de processos e redundâncias

    Para que quatro dias funcionem, é preciso que os processos, quem faz o quê e como, estejam bem definidos — caso contrário, a folga de alguém gera lacuna.

Mas os resultados foram surpreendentes:

  • A produtividade aumentou. Pessoas descansadas produzem melhor.
  • O comprometimento cresceu. A confiança que damos, o time devolve em entrega.
  • A previsibilidade melhorou. Quase não temos faltas sem aviso.
  • A organização amadureceu. Criamos processos, redundâncias e escalas que deixaram tudo mais fluido.

Para mim, como gestor, uma das maiores vantagens foi perceber que, diferente do que era antes, a empresa segue bem mesmo se alguém sair de uma hora para a outra, não há retenção de conhecimento. As redundâncias e processos claros que a jornada 4×3 nos obrigou a implementar, trouxeram uma paz gigantesca nesse sentido.

Falando de cultura, teve gente do nosso time que recusou propostas pagando mais que o dobro, escolheram continuar aqui. Benefícios financeiros importam, mas benefícios de flexibilidade pesam mais do que muita gente imagina. Quanto custaria perder o seu melhor talento hoje? E quanto você pagaria para manter ele? Talvez você só precise criar mais motivos para ele escolher ficar… Isso é liberdade.

É claro que tivemos alguns incidentes, onde uma ou outra pessoa abusou dessa flexibilidade e confundiu “um lugar flexível e livre” com “um lugar descompromissado”. Mas a solução que enxergamos não é restringir a flexibilidade do time — é identificar rapidamente quem está descompromissado e remover a pessoa do time o quanto antes.

Na verdade, eu acho isso até melhor: esse formato de liberdade extrema torna muito mais fácil reconhecer quem encaixa — e quem simplesmente “não se importa com nada”.

Maçã estragada contamina a fruteira inteira e quando se fala de cultura e comportamento, isso nunca foi tão verdadeiro. Mau comportamento se espalha muito rápido.

O segredo é gestão, não vigilância

Uma equipe livre para trabalhar de forma flexível só funciona bem quando há gestão que acompanha o que realmente importa: o que está sendo entregue, como está o engajamento e qual a qualidade do trabalho. Não adianta monitorar cada hora no relógio se o foco não for no resultado, tem vários estudos que mostram que o modelo baseado em horas apresenta grandes falhas e que empresas que passam a focar em resultados obtêm equipes mais engajadas e produtivas.

Por isso, a nossa gestão na Kevi deixou de ser uma rotina de controle de presença e passou a ser uma rotina de acompanhamento de entregas, conversas de alinhamento, feedbacks constantes e definição clara de expectativas. Quando alguém não entrega, o que nos interessa não é “quanto tempo ficou online”, mas “por que não entregou”: se o objetivo estava claro, se o suporte foi adequado, se houve engajamento. Essa mudança de foco cria responsabilidade — não pela vigilância — mas pelo comprometimento.

Reconhecimento Molda Comportamento

Na Kevi, o nosso programa de pontos interno, Kevi Awards, serve para reforçar os comportamentos que valorizamos usando pontos como moedas de cultura.

Por exemplo, cada vez que alguém usa IA de forma criativa e compartilha com o time, ou elogia um colega que fez um ótimo trabalho, ou assume uma iniciativa que normalmente “não está no job-description” mas ajuda o time como um todo, ganha pontos. Esses pontos depois viram recompensas concretas, como:

  • um “vale relax”, para massagem, yoga ou meditação guiada (até um determinado valor);
  • upgrade no setup de trabalho (um novo monitor, cadeira ergonômica ou outro chefe de setup, com reembolso até um teto);
  • um bônus em Pix para usar como quiser;
  • ou ainda escolher uma instituição de caridade para receber uma doação em seu nome.

Com essas recompensas, o que começamos a ver é: as pessoas passam a buscar ativamente comportamentos que valorizamos — inovação, colaboração, autonomia — porque sabem que não é só “bom fazer aquilo”, mas “aquele tipo de atitude aqui é visível, reconhecida e premiada”.

Também temos um canal de reconhecimento público onde qualquer pessoa pode destacar um colega que fez algo fora da curva. Quando o time vê que boas atitudes são reconhecidas, isso fortalece a cultura e acelera o engajamento. Pesquisas mostram que o reconhecimento aumenta o engajamento e reduz turnover.

Nossas reuniões 1 a 1 fecham o ciclo: não falamos de horas, falamos de entregas, bem-estar e comportamentos. É ali que alinhamos expectativas, vemos o que está fluindo e o que precisa de ajuste — reforçando que gestão é sobre resultados e pessoas, não sobre cronômetro.

Trabalhar bem é trabalhar leve

Na Kevi, a gente acredita que o trabalho deve caber na vida — e não o contrário.

Sempre tivemos um foco grande em cultura, criamos manuais claros — um de boas práticas, outro de comunicação assíncrona — além de formulários trimestrais de feedback, reuniões de 1 a 1 e outras rotinas estruturadas para garantir que nossos valores fossem mais que palavras.

No mês passado, demos mais um passo importante para fortalecer ainda mais esse compromisso: promovemos a Malba Correa, a primeira pessoa da equipe que não era sócia, para o cargo de guardiã da Cultura Keviana.

E agora temos alguém em tempo integral dedicado a construir um ambiente cada vez melhor para quem trabalha na Kevi.

E a nossa meta é mostrar para o mundo que é possível trabalhar feliz, em um ambiente formado por boas pessoas, autonomia, cuidado mútuo. Tudo isso entregando resultados de excelência na plataforma de retenção mais completa do Brasil.