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Gestão de Pessoas

Stock Option Plan: como atrair e reter talentos na sua startup

Felipe Junges
Head de Aceleração da WOW

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Ao passo que a startup começa a tracionar cada vez mais, e a necessidade por aumentar o time de colaboradores cresce, outro relevante desafio na jornada do empreendedor começa a aparecer: a atração e a retenção destes colaboradores. 

Tomando como exemplo a contratação de um desenvolvedor de sofware. O desafio é ainda maior, pois a startup muitas vezes não tem dinheiro suficiente pra pagar o salário de um dev. Como se resolve essa equação?

Uma ótima saída é criar desde cedo um Stock Option Plan (SOP). Ao longo deste artigo, explicarei porque SOP pode ajudar sua startup a reter bons talentos dentro de casa, assim como explicar como eles funcionam na prática e como montá-los. Agradeço de antemão ao Pedro Deos, investidor da WOW que nos ajudou a elaborar este texto.

Stock Options são uma forma de recompensa em que o colaborador recebe o direito de comprar ações da startup no futuro, a um preço pré-estabelecido. Isso é feito para incentivar talentos a se juntarem à empresa e ficarem por lá, já que as opções geralmente vêm com algumas condições que precisam ser cumpridas ao longo do tempo. Então, em vez de receber apenas um salário, ela pode ter a possibilidade de virar sócia da empresa.

Entre os principais conceitos de um SOP estão:

  • Cliff: período inicial (geralmente 12 meses) sem direito a exercer opções, funcionando como um teste de comprometimento.

  • Vesting: após o cliff, o direito às ações é adquirido gradualmente, de acordo com o tempo (vesting temporal), performance (vesting por metas) ou uma combinação de ambos (vesting híbrido).

  • Exercício: momento em que o colaborador pode de fato comprar as ações.

Também existem variações, como o vesting reverso, onde o colaborador recebe as ações no início, mas a startup pode recomprá-las em caso de saída antecipada, e as phantom shares, que oferecem ganhos financeiros atrelados ao valor da empresa, sem que haja participação societária.

Além dos conceitos básicos, ao implementar um SOP bem estruturado, é importante se atentar a algumas boas práticas:

  • Option Pool: reservar um percentual do capital social para o programa desde o início, evitando diluição desordenada dos fundadores e investidores.
  • Definição clara de termos: especificar de forma objetiva períodos de cliff, vesting, condições de exercício e metas de performance.
  • Precificação: definir critérios de preço para aquisição das ações, considerando a valorização da startup no tempo.
  • Quantidade de ações/quotas: atrelar o SOP a números absolutos, e não apenas a percentuais, para mitigar riscos de diluição futura.
  • Governança: exigir a adesão dos beneficiários aos acordos de sócios, reforçando regras de confidencialidade, não concorrência, lock-up e mecanismos como drag along, tag along, call e put options.
  • Compliance Tributário e Trabalhista: estruturar o plano com suporte jurídico especializado, para minimizar riscos regulatórios.

Um Stock Option Plan bem desenhado é uma vantagem para startups que buscam atrair, reter e engajar talentos estratégicos. Mais do que uma ferramenta de remuneração, o SOP é uma alavanca de alinhamento entre a equipe e os objetivos de longo prazo da empresa. Implementar o programa com clareza, estratégia e governança mostra sinal de maturidade dos founders (muito bem visto por fundos de investimento, por exemplo), além de uma visão que bonifica quem veste a camisa na startup.

Ao passo que a startup começa a tracionar cada vez mais, e a necessidade por aumentar o time de colaboradores cresce, outro relevante desafio na jornada do empreendedor começa a aparecer: a atração e a retenção destes colaboradores. 

Tomando como exemplo a contratação de um desenvolvedor de sofware. O desafio é ainda maior, pois a startup muitas vezes não tem dinheiro suficiente pra pagar o salário de um dev. Como se resolve essa equação?

Uma ótima saída é criar desde cedo um Stock Option Plan (SOP). Ao longo deste artigo, explicarei porque SOP pode ajudar sua startup a reter bons talentos dentro de casa, assim como explicar como eles funcionam na prática e como montá-los. Agradeço de antemão ao Pedro Deos, investidor da WOW que nos ajudou a elaborar este texto.

Stock Options são uma forma de recompensa em que o colaborador recebe o direito de comprar ações da startup no futuro, a um preço pré-estabelecido. Isso é feito para incentivar talentos a se juntarem à empresa e ficarem por lá, já que as opções geralmente vêm com algumas condições que precisam ser cumpridas ao longo do tempo. Então, em vez de receber apenas um salário, ela pode ter a possibilidade de virar sócia da empresa.

Entre os principais conceitos de um SOP estão:

  • Cliff: período inicial (geralmente 12 meses) sem direito a exercer opções, funcionando como um teste de comprometimento.

  • Vesting: após o cliff, o direito às ações é adquirido gradualmente, de acordo com o tempo (vesting temporal), performance (vesting por metas) ou uma combinação de ambos (vesting híbrido).

  • Exercício: momento em que o colaborador pode de fato comprar as ações.

Também existem variações, como o vesting reverso, onde o colaborador recebe as ações no início, mas a startup pode recomprá-las em caso de saída antecipada, e as phantom shares, que oferecem ganhos financeiros atrelados ao valor da empresa, sem que haja participação societária.

Além dos conceitos básicos, ao implementar um SOP bem estruturado, é importante se atentar a algumas boas práticas:

  • Option Pool: reservar um percentual do capital social para o programa desde o início, evitando diluição desordenada dos fundadores e investidores.
  • Definição clara de termos: especificar de forma objetiva períodos de cliff, vesting, condições de exercício e metas de performance.
  • Precificação: definir critérios de preço para aquisição das ações, considerando a valorização da startup no tempo.
  • Quantidade de ações/quotas: atrelar o SOP a números absolutos, e não apenas a percentuais, para mitigar riscos de diluição futura.
  • Governança: exigir a adesão dos beneficiários aos acordos de sócios, reforçando regras de confidencialidade, não concorrência, lock-up e mecanismos como drag along, tag along, call e put options.
  • Compliance Tributário e Trabalhista: estruturar o plano com suporte jurídico especializado, para minimizar riscos regulatórios.

Um Stock Option Plan bem desenhado é uma vantagem para startups que buscam atrair, reter e engajar talentos estratégicos. Mais do que uma ferramenta de remuneração, o SOP é uma alavanca de alinhamento entre a equipe e os objetivos de longo prazo da empresa. Implementar o programa com clareza, estratégia e governança mostra sinal de maturidade dos founders (muito bem visto por fundos de investimento, por exemplo), além de uma visão que bonifica quem veste a camisa na startup.