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De Founder para Founder

Empreender é uma maratona no meio de um furacão

Lucas Schiochet
CEO @Unicontroller

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Quando decidi empreender pela primeira vez, lá em 2017, eu achava que tinha tudo para dar certo.
  Antes de começar a minha empresa, segui o conselho do Steve Blank — “get out of the building” — e fui trabalhar dentro de uma startup. Passei um ano em empresa que estava literalmente voando, crescendo de Series A para Series C.
  Acreditei que essa vivência, somada ao tempo que passei no Vale do Silício, ia me dar o “atalho” que todo founder busca no início.

E eu estava errado.

Porque empreender, mesmo com toda bagagem e teoria do mundo, não é sobre saber — é sobre construir.
E construir do zero é uma experiência que nenhum livro, mentor ou case de sucesso pode encurtar.

Naquele momento, eu pensava:

“Em um ano e meio minha empresa vai estar voando, faturando bem e eu tirando o mesmo salário da carreira executiva.”

Foi um dos meus maiores equívocos.

Um founder me disse uma vez:

“Demora uns três anos pra você voltar ao mesmo patamar que tinha na sua carreira executiva.”

E eu achei que comigo seria diferente.


Afinal tinha “pedigree”, morado no Vale do Silício, estudado cases, vivido crescimento real de startup e já ocupado cargos de liderança em multinacional.

Mas não é sobre isso.
É sobre constância. É sobre resiliência. É sobre acordar todo dia pra construir algo que ainda não existe.

Anos depois, almoçando com um empreendedor de uma grande empresa, ele disse:

“Se eu tivesse que começar tudo de novo hoje, eu não começaria. Dá muito trabalho.”

E é verdade. Empreender é fazer tudo.

Hoje, como second-time founder, voltei ao básico: desde emitir nota fiscal e revisar relatórios, até conversar com clientes que pagam 20 ou 30 reais por mês, assistir gravações de produto e montar decks de apresentação.
É o famoso “hands-on everything”.

Mas existe um aprendizado que só a segunda jornada ensina: cada decisão errada custa crescimento.
Um headcount errado, uma contratação precipitada, uma escolha mal feita — tudo isso come a verba que deveria estar alavancando o negócio, e por consequência equity. Afinal  toda rodada antes do tempo previsto é uma diluição.

Então, o second-time founder aprende a fazer malabarismo entre eficiência e ambição.
  Se dá pra resolver com um esforço extra, faz.
  Se dá pra segurar uma contratação e investir o mesmo valor em aquisição, segura.
  Se dá pra ser o cara da planilha, o cara de vendas e o cara do café ao mesmo tempo — é isso que você faz.

Porque no fim do dia, empresa rica é empresa que cresce, não empresa que gasta pra facilitar a vida do fundador.
  O foco passa a ser um só: proteger os recursos que realmente movem a agulha — o crescimento.

E aí vem o ponto que muda tudo:
- você entende que demora pelo menos uns três anos pra empresa realmente se sustentar, e que nesse tempo você sempre vai priorizar as escolhas que mantêm o crescimento vivo, mesmo que isso signifique adiar conforto, processos ou conveniências pessoais.

É por isso que demora tanto pra uma empresa criar musculatura.
Porque não é só sobre estratégia — é sobre suar a camisa em cada detalhe.

Você fecha dez clientes em um mês, mas perde um contrato importante.
Dá um passo à frente e sente que andou de lado.
E assim segue — mês após mês — nessa montanha-russa emocional.

Com o tempo, você entende que não é uma corrida de 100 metros.
É uma maratona no meio de um furacão.

 E o segredo não é correr mais rápido — é não parar de correr.

Na segunda vez, a gente já sabe.
  Já entra calejado, sabendo que vai precisar fazer tudo — inclusive as coisas mais banais — porque são elas que sustentam o crescimento.
  E talvez esse seja o verdadeiro amadurecimento de quem empreende:
  entender que o caminho é longo, mas é nele que a gente se transforma.

Quando decidi empreender pela primeira vez, lá em 2017, eu achava que tinha tudo para dar certo.
  Antes de começar a minha empresa, segui o conselho do Steve Blank — “get out of the building” — e fui trabalhar dentro de uma startup. Passei um ano em empresa que estava literalmente voando, crescendo de Series A para Series C.
  Acreditei que essa vivência, somada ao tempo que passei no Vale do Silício, ia me dar o “atalho” que todo founder busca no início.

E eu estava errado.

Porque empreender, mesmo com toda bagagem e teoria do mundo, não é sobre saber — é sobre construir.
E construir do zero é uma experiência que nenhum livro, mentor ou case de sucesso pode encurtar.

Naquele momento, eu pensava:

“Em um ano e meio minha empresa vai estar voando, faturando bem e eu tirando o mesmo salário da carreira executiva.”

Foi um dos meus maiores equívocos.

Um founder me disse uma vez:

“Demora uns três anos pra você voltar ao mesmo patamar que tinha na sua carreira executiva.”

E eu achei que comigo seria diferente.


Afinal tinha “pedigree”, morado no Vale do Silício, estudado cases, vivido crescimento real de startup e já ocupado cargos de liderança em multinacional.

Mas não é sobre isso.
É sobre constância. É sobre resiliência. É sobre acordar todo dia pra construir algo que ainda não existe.

Anos depois, almoçando com um empreendedor de uma grande empresa, ele disse:

“Se eu tivesse que começar tudo de novo hoje, eu não começaria. Dá muito trabalho.”

E é verdade. Empreender é fazer tudo.

Hoje, como second-time founder, voltei ao básico: desde emitir nota fiscal e revisar relatórios, até conversar com clientes que pagam 20 ou 30 reais por mês, assistir gravações de produto e montar decks de apresentação.
É o famoso “hands-on everything”.

Mas existe um aprendizado que só a segunda jornada ensina: cada decisão errada custa crescimento.
Um headcount errado, uma contratação precipitada, uma escolha mal feita — tudo isso come a verba que deveria estar alavancando o negócio, e por consequência equity. Afinal  toda rodada antes do tempo previsto é uma diluição.

Então, o second-time founder aprende a fazer malabarismo entre eficiência e ambição.
  Se dá pra resolver com um esforço extra, faz.
  Se dá pra segurar uma contratação e investir o mesmo valor em aquisição, segura.
  Se dá pra ser o cara da planilha, o cara de vendas e o cara do café ao mesmo tempo — é isso que você faz.

Porque no fim do dia, empresa rica é empresa que cresce, não empresa que gasta pra facilitar a vida do fundador.
  O foco passa a ser um só: proteger os recursos que realmente movem a agulha — o crescimento.

E aí vem o ponto que muda tudo:
- você entende que demora pelo menos uns três anos pra empresa realmente se sustentar, e que nesse tempo você sempre vai priorizar as escolhas que mantêm o crescimento vivo, mesmo que isso signifique adiar conforto, processos ou conveniências pessoais.

É por isso que demora tanto pra uma empresa criar musculatura.
Porque não é só sobre estratégia — é sobre suar a camisa em cada detalhe.

Você fecha dez clientes em um mês, mas perde um contrato importante.
Dá um passo à frente e sente que andou de lado.
E assim segue — mês após mês — nessa montanha-russa emocional.

Com o tempo, você entende que não é uma corrida de 100 metros.
É uma maratona no meio de um furacão.

 E o segredo não é correr mais rápido — é não parar de correr.

Na segunda vez, a gente já sabe.
  Já entra calejado, sabendo que vai precisar fazer tudo — inclusive as coisas mais banais — porque são elas que sustentam o crescimento.
  E talvez esse seja o verdadeiro amadurecimento de quem empreende:
  entender que o caminho é longo, mas é nele que a gente se transforma.