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Fundraising

Como dimensionar o investimento inicial necessário para minha startup

Beatriz Federico
Gestora de Portfólio

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Uma das dúvidas mais comuns entre founders no início do processo de captação é: quanto eu devo levantar? Pode parecer simples, mas dimensionar o valor de uma rodada é um dos pontos mais críticos no planejamento de fundraising. A verdade é que levantar o valor errado pode ser tão prejudicial quanto não captar nada. Se você pedir menos do que precisa, não vai ter fôlego para executar o plano. Se pedir demais, antes da hora, pode se comprometer com uma estrutura que seu negócio ainda não sustenta. É como usar um sapato no tamanho errado: se estiver apertado, machuca; se estiver muito largo, você tropeça.

A lógica por trás do valor ideal começa com uma pergunta: o que você almeja conquistar com essa rodada? O capital deve estar conectado ao plano de crescimento da startup — às metas, marcos e métricas que precisam ser atingidos até a próxima rodada ou até o breakeven (escalar vendas, abrir um novo canal, contratar talentos, expandir geograficamente, alcançar um valor x de receita). É esse horizonte que define quanto você precisa captar, e não uma média de mercado ou quanto outra startup levantou na mesma fase.

Quando um investidor pergunta “por que esse valor?”, você precisa ter uma resposta clara e objetiva, baseada nos marcos a serem atingidos e em números realistas. Isso significa saber onde o dinheiro será investido, como ele acelera o crescimento da empresa e quais resultados devem ser alcançados com ele. Um bom modelo financeiro ajuda a contar essa história de forma estruturada: deve mostrar o planejamento do runway, o uso dos recursos, a previsão de receita e a evolução dos KPIs. Se possível, incluir uma estimativa de ROI — mesmo que macro — pode ajudar a alinhar expectativas com o investidor. No fim do dia, em venture capital, a conta mental sempre gira em torno do retorno potencial: isso aqui tem chance de devolver 10x o capital investido?

É importante também manter uma margem de segurança. O mundo real raramente segue o plano financeiro exatamente como previsto, então adicionar um buffer de 10% a 15% ao valor projetado é uma boa prática para absorver imprevistos e evitar uma captação emergencial no meio do caminho. Por outro lado, captar demais, cedo demais, pode ser um problema ainda maior. Em alguns casos, o excesso de capital leva a contratações precipitadas, expansão desorganizada e burn rate desproporcional à evolução da receita. Isso compromete a próxima rodada, porque a startup não entrega os resultados esperados para o tamanho da aposta feita anteriormente. E, no mercado, a memória é curta para a tese e longa para o desempenho.

No fim do dia, dimensionar bem o investimento inicial é uma demonstração de maturidade e conhecimento do negócio. É sobre saber onde você quer chegar, o que precisa para isso e como pretende usar o investimento. O founder que domina essa narrativa passa maior confiança ao investidor e aumenta suas chances de sucesso na captação. Levante o suficiente para bater suas metas com consistência, mantenha a coerência entre discurso e execução, e evite os excessos. Isso é o que diferencia uma rodada bem feita de uma rodada que fecha portas no futuro.

Uma das dúvidas mais comuns entre founders no início do processo de captação é: quanto eu devo levantar? Pode parecer simples, mas dimensionar o valor de uma rodada é um dos pontos mais críticos no planejamento de fundraising. A verdade é que levantar o valor errado pode ser tão prejudicial quanto não captar nada. Se você pedir menos do que precisa, não vai ter fôlego para executar o plano. Se pedir demais, antes da hora, pode se comprometer com uma estrutura que seu negócio ainda não sustenta. É como usar um sapato no tamanho errado: se estiver apertado, machuca; se estiver muito largo, você tropeça.

A lógica por trás do valor ideal começa com uma pergunta: o que você almeja conquistar com essa rodada? O capital deve estar conectado ao plano de crescimento da startup — às metas, marcos e métricas que precisam ser atingidos até a próxima rodada ou até o breakeven (escalar vendas, abrir um novo canal, contratar talentos, expandir geograficamente, alcançar um valor x de receita). É esse horizonte que define quanto você precisa captar, e não uma média de mercado ou quanto outra startup levantou na mesma fase.

Quando um investidor pergunta “por que esse valor?”, você precisa ter uma resposta clara e objetiva, baseada nos marcos a serem atingidos e em números realistas. Isso significa saber onde o dinheiro será investido, como ele acelera o crescimento da empresa e quais resultados devem ser alcançados com ele. Um bom modelo financeiro ajuda a contar essa história de forma estruturada: deve mostrar o planejamento do runway, o uso dos recursos, a previsão de receita e a evolução dos KPIs. Se possível, incluir uma estimativa de ROI — mesmo que macro — pode ajudar a alinhar expectativas com o investidor. No fim do dia, em venture capital, a conta mental sempre gira em torno do retorno potencial: isso aqui tem chance de devolver 10x o capital investido?

É importante também manter uma margem de segurança. O mundo real raramente segue o plano financeiro exatamente como previsto, então adicionar um buffer de 10% a 15% ao valor projetado é uma boa prática para absorver imprevistos e evitar uma captação emergencial no meio do caminho. Por outro lado, captar demais, cedo demais, pode ser um problema ainda maior. Em alguns casos, o excesso de capital leva a contratações precipitadas, expansão desorganizada e burn rate desproporcional à evolução da receita. Isso compromete a próxima rodada, porque a startup não entrega os resultados esperados para o tamanho da aposta feita anteriormente. E, no mercado, a memória é curta para a tese e longa para o desempenho.

No fim do dia, dimensionar bem o investimento inicial é uma demonstração de maturidade e conhecimento do negócio. É sobre saber onde você quer chegar, o que precisa para isso e como pretende usar o investimento. O founder que domina essa narrativa passa maior confiança ao investidor e aumenta suas chances de sucesso na captação. Levante o suficiente para bater suas metas com consistência, mantenha a coerência entre discurso e execução, e evite os excessos. Isso é o que diferencia uma rodada bem feita de uma rodada que fecha portas no futuro.